quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O QUE A WICCA NÃO É

Os praticantes da Wicca:


Não acreditam nem adoram o que os Cristãos conhecem como Diabo, Satã ou Demônio.
Não sacrificam animais ou seres humanos em seus ritos.
Não odeiam ou desprezam os Cristãos, a Bíblia, Jesus Cristo, os Islâmicos, o Alcorão, Maomé ou qualquer outra expressão religiosa. Ao contrário, advogam o direito à plena liberdade de expressão religiosa para todas as pessoas, independente de credo ou denominação.
Não são sexualmente anticonvencionais (embora o respeito à diversidade, inclusive a sexual, seja um valor importante para eles).
Não encorajam o abuso de drogas e orgias sexuais durante seus ritos privados ou públicos (embora possam existir indivíduos e grupos ligados à WICCA que façam uso de tais práticas, essa postura não é oficial ou ideologicamente aprovada).
Não são cristãos, islâmicos, judaicos ou praticantes de qualquer outra religião monoteísta. Além disso: Todos os praticantes de Wicca são pagãos, mas nem todos os pagãos são praticantes de Wicca. Todos os praticantes de WICCA são bruxos, mas nem todos os bruxos são praticantes de Wicca.






O DEUS





Deus tem sido reverenciado há eras. Ele não é a deidade rígida, o todo poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um simples consorte da Deusa, eles são iguais, unidos.
Vemos o Deus no sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do inverno.
O Deus é também gentil com os animais silvestres. Na forma do Deus Cornífero, Ele é por vezes representado com chifres em Sua cabeça. Em tempos antigos, acreditava-se que a caça era uma das atividades regidas pelo Deus, enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada para a Deusa.
Os domínios do Deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes e as altas montanhas. As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a Seu domínio.
O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado que balança num campo, as maças vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de outono.
Em conjunto com a Deusa, também Ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala sobre ele por palavras sussurradas. É uma parte da natureza e assim é aceito. Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo cotidiano e perpetuar nossa espécie, é considerado um ato sagrado.
Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão mágico, o tridente, facas e outros. Criaturas a Ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o gamo, o dragão, o lobo, o javali, a águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muito mais.
Desde sempre o Deus é o Pai Céu e a Deusa a Mãe Terra. O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.
O Deus de chifres, para as bruxas, é o companheiro masculino da Deusa Tripla. Ele é dinâmico, a força vital, aspecto masculino de toda a natureza. Nós o veneramos porque veneramos a vida. Ele possui chifres e cauda que denotam seu conhecimento instintivo animal, sua sapiência natural. Este Deus é parte bicho e parte homem, mescla da força vital e perícia xamânica. O Deus Cornífero, como a Deusa, é sexual, terreno, apaixonado e sábio. "Cruel e mau ele não é". Entre os dois, a Mãe Deusa e seu Companheiro, se constrói o mundo. Eles o construíram de amor e desejo. Portanto, sua sexualidade é uma força vital sagrada, verdadeira experiência espiritual. Potencialmente a mais espiritual das experiências.
Talvez este seja o fato mais surpreendente de todos à respeito da feitiçaria. Não deveria ser. Mas preciso admitir que neste mundo, como ele é atualmente, a maioria das pessoas encontra dificuldades em relacionar sexo com espiritualidade. É contra tudo que as religiões patriarcais ensinam sobre o sexo, como vergonhoso e sujo no máximo necessário para a continuidade da espécie.




A DEUSA





A Deusa é Mãe Universal.
É a fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos. Segundo a Wicca ela possui 3 aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as luas crescente, cheia e minguante. Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz abundância. Mas, uma vez que a vida é um presente Seu, ela a empresta com a promessa da morte. Esta não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência humana entre duas encarnações.
Uma vez que a Deusa é a natureza, toda a natureza, Ela é tanto a tentadora como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera, o berço e o túmulo.Porém, apesar de Ela ser feita de ambas as naturezas, a Wicca a reverencia como a doadora da fertilidade do amor e da abundância, se bem que seu lado obscuro também é reconhecido. Nós a vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano, e no primeiro verdejar da primavera. Ela é a incorporação da fertilidade e do amor.A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, Matriz Universal, a Grande Mãe e incontáveis outros títulos.Muitos símbolos são utilizados na Wicca para honrá-la como o caldeirão, a taça, o machado, flores de cinco pétalas, o espelho colares e conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... para citar uns poucos.Para governar a Terra, o Mar e a Lua, muitas e variadas são Suas criaturas. Algumas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha. Todos são sagrados à Deusa.A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça, uma deidade espiritual caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés, a eterna mãe com o peso da criança, a tecelã de nossas vidas e mortes, uma anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres. Mas independentemente de como A vemos, Ela é onipresente, imutável e eterna.

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