quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lilith

O modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão baseia-se no de um fragmento do ‘primeiro ego’, que seria Adão. Vários textos históricos, no entanto, citam uma variante, a criação de Lilith, a primeira mulher, feita em igualdade de condições com o primeiro homem, e expulsa do Paraíso por tentar fazer valer essa igualdade.

Não se sabe com certeza de que forma a lenda de Lilith, esta primeira companheira de Adão, foi banida da versão Bíblica da Igreja. Lilith, feita de sangue (menstruação) e saliva (desejo), é expressão de fatalidade. Neste ponto, Lilith é mais fiel ao protótipo da mulher do que a submissa Eva, embora ambas tenham sido veículo do pecado. Só que a recusa ao desejo, ao sonho erótico que subtraiu a porção divina de Adão chega, com Lilith, a extremos surpreendentes após a separação deste casal.

A palavra Lilith vem do sumério Lulu, que significa libertinagem. Segundo a Cabala, Adão teve duas esposas, Lilith e Eva. Eva, como sabemos, foi feita a partir de uma costela de Adão, porém Lilith foi feita da mesma argila com que Deus fez Adão. Por motivo de orgulho e luxúria, Lilith cansou-se de sempre ficar por baixo de Adão durante os atos sexuais e ela foi se queixar com Deus: “Fomos criados iguais e devemos fazê-lo em posições iguais”,"Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que ser dominada por você? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual",E Adão, ciente da supremacia do homem, nega-se a mudar a ordem. Lilith revolta-se, pronuncia o nome mágico de Deus, acusa Adão e Cansada de que Deus não atendesse às suas reivindicações, vai embora do Paraíso, aliando-se com os Inimigos do Eterno. Perdida no mundo, ela terminou se transformando num demônio perverso que assola e vampiriza a todos os seres humanos que tentam viver o Amor.

A partir dessa narração alegórica e ao mesmo tempo ocultista, Lilith foi chamada de a mãe dos demônios e de todas as perversidades sexuais, homossexualismo etc., além de ser traidora, por se aliar aos Anjos Caídos.

Algumas tradições dizem que Lilith sai mundo afora para seduzir tanto a homens quanto a mulheres para logo em seguida assassiná-los e sugar seu sangue Lilith, segundo o esoterismo, é na verdade um terrível mago negro do mundo astral, iniciador ou criador de entidades diabólicas, tais como as lamias, as estriges, as harpias, as górgonas, as rínias e fúrias, as moiras e parcas etc.


Na Bíblia, aparece uma fugaz alusão a Lilith. Em Isaías (34:14) explica-se com detalhe como Deus, com sua espada, mata a todos os habitantes de Edom e que ali ficam como senhores animais como abutres, serpentes e... Lilith...


Encarnando o feminino negativo, Lilith transfigura-se, posteriormente, em inúmeras deusas lunares (Ihstar, Astarte, Isis, Cibele, Hécate), arquétipos das forças incontroláveis do submundo – a Lua Negra. Até ser personificada pela bruxa, na Idade Média, contra a qual o homem moveu uma das mais sangrentas perseguições de toda a sua história.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Alfabeto da Bruxa


O alfabeto Theban é um sistema de ESCRITA com origens desconhecidas. Foi publicado pela primeira vez em Polygraphia de Johannes Trithemius (Johann Heidenberg 1462-1516) em 1518, e foi atribuído a Honorius de Thebas. Já seu discípulo Heinrich Cornelius Agrippa (1486-1535) no livro “The Occulta Philosophia -1531” (A Filosofia Oculta) atribuiu o Alfabeto Theban a d’Abano de Pietro (1250-1316).

O Alfabeto Theban também é conhecido como alfabeto de Honorian ou RUNAS de Honorian, entretanto não há nenhuma evidência de que o alfabeto Theban tenha sido utilizado como runa. Devido ao amplo uso dos praticantes de BRUXARIA e Wiccanos, o alfabeto passou a também ser chamado de “Alfabeto das Bruxas”, e, é normalmente utilizado para substituir as letras latinas ao ESCREVER nos Livros das Sombras, servindo, dessa forma, como uma ESCRITA mágicka de difícil compreensão para leigos, o que cria um belo AR de mistério.

O alfabeto Theban não possui semelhança gráfica com praticamente nenhum outro alfabeto, e não foi encontrado em nenhum local ou publicação antes da de Trithemius. Em comparação ao Latim Arcaico, o Theban, possui uma relação “letra à letra”, perdendo algumas dessas correspondências somente com o Latim moderno, onde as letras J, U e W não possuem representação e são escritos com os mesmos caracteres para I, V e VV consecutivamente.

Ao que tudo indica o Theban não possui nenhuma pontuação além de um caractere que representa o fim de um texto, quase que equivalente a um ponto final. Nenhuma outra pontuação aparece nos textos de Trithemius ou nos de Agrippa e os posteriores a esses. Logo, ao ESCREVER com o alfabeto Theban podemos utilizar nossa pontuação latina ou inventar caracteres equivalentes. As correspondências com o Latim Arcaico e a falta de pontuações sugerem que tal alfabeto foi inspirado no Latim e no Hebraico.

Curiosidades
Johannes Trithemius - Era um abade responsável pela biblioteca de seu convento e um grande estudioso de sua época. Ele foi expulso da abadia em razão de seu grande interesse pelo ocultismo e pela ciência, Johannes foi o mestre de Cornelius Agrippa e Paracelso (1493-1541).

Honorius de Thebas - É um personagem místico da idade média, dizem que ele teria escrito o livro ocultista “The Sworn Book of Honorius” (O Tratado de Honório), mesmo que o primeiro manuscrito desse livro só tenha sido escrito no ano de 1629 d.C. Um mistério ainda ronda a verdadeira identidade desse ocultista, que muitas vezes foi ligado aos papas Honório I e Honório III.

d Abano de Pietro – Conhecido também como Petrus de Apono ou Aponensis, era um médico, um filósofo, e um astrólogo italiano. Era um médico muito famoso e também um MAGO , tendo escrito um grimório chamado “Heptameron” (Não deve ser confundido com o Heptameron de Marguerite de Navarro). Foi por duas vezes perseguido pela inquisição sendo acusado de possuir pacto com o demônio devido ao seu avançado uso da medicina com técnicas de energia e utilização de especiarias Árabes. Conseguiu sair da primeira tortura, mas não resistiu a segunda, morrendo e tendo seu corpo raptado por um amigo para que não fosse queimado em praça pública, já que após sua excomunhão os inquisidores ainda iriam queimar seu corpo como um alerta à população.

"Família Old Religion"

Abaixo nós disponibilizamos o alfabeto das bruxas para você instalar no seu computador:
Para baixar as fontes True Type para seu computador siga abaixo as instruções passo-a-passo:

1º Clique sobre a fonte e salve-a no seu computador.
2º Clique no botão INICIAR do seu computador, clique em CONFIGURAÇÕES e em PAINEL DE CONTROLE.
3º dentro de painel de controle clique no ÌNCONE FONTES.
4º Dentro de fontes clique lá em cima em ARQUIVO e clique em INSTALAR NOVA FONTE.
5º Procure o lugar onde você salvou a fonte (lá no 1º passo lembra?) e após isso é só clicar em OK.

A DEUSA

A verdadeira história de como chegou a ser, como Ela desapareceu e como regressou
Autora: S. Susun Weed
Tradução: Iony Ming
Revisão: Inês Raven

No principio, tudo começou como sempre ocorre, com o nascimento. A Grande Mãe de Todos deu à luz e a Terra começou a respirar. Uma vez mais e uma vez mais e uma vez mais, a Grande Mãe deu à luz. E as plantas começaram a respirar e os animais começaram a respirar e os de duas patas também começaram a respirar. Todas as formas de vida começaram a respirar para viver. No ar, na terra, na água, e também os profundos incêndios onde a luz nunca brilha. Todas as formas de vida começaram a respirar. E todos estavam muito famintos.

O que vamos comer? Perguntaram à Grande Mãe.
Vocês podem me comer. Ela disse com um sorriso.

E o fizeram. Eles se alimentaram de seu corpo. As plantas enviaram suas raízes até embaixo da terra e comiam Sua carne e Seus ossos, bebiam seu sangue claro dos seus profundos mananciais onde fluem suas águas. E cresceram fortes. As gramíneas se multiplicaram pelo vento, as raízes cresceram a tomaram as profundezas. E, em todas as partes, há diversas formas de folhas, flores de muitas cores, frutas e tudo é maravilhoso de se ver.

Os animais A comeram, mas não como as plantas com suas raízes o fizeram. Não podiam enviar suas raízes para Ela. Então, alguns animais se alimentaram dos pastos que cresciam da Mãe. Alguns dos de duas patas comiam as sementes das gramíneas, as raízes e as folhas das plantas. Comiam, comiam, comiam. E começaram a dar à luz também. Rapidamente havia muito mais bocas para comer da Mãe. Havia muitos pés para revolver o pó vermelho da Mãe, muitas bocas para louvar Sua abundância e muitas bocas para alimentar.

Eu sou você e você está comigo. Estou aqui para que você possa comer. Agora me comam, comam tudo de mim – ela ensinou a eles. E alguns dos animais comeram da Sua carne e seus ossos em forma de outros animais. E seu sangue se converteu em vermelho. E vermelho era o sangue que fluía nos órgãos dos animais e no corpo dos que comiam os animais que se alimentavam das plantas que comiam Dela. E a Grande Mãe estava bem satisfeita.

Assim esse sangue fluía pelos órgãos dos de duas pernas e eles cantavam a interminável sabedoria da Grande Mãe, a interminável dança da Lua e a interminável espiral de nascimento-vida-morte-vida. E as que eram redondas e plenas como a Mãe sentiram o sangue agitando-se em seus ventres. Uma onda de sangue se escorreu de seus ventres e ficaram cheias de assombro. E perguntaram à Mãe: O que faremos com esse sangue vermelho que se move com tanta força em nossos ventres, Mãe? E Ela respondeu: Dê a mim, retorne esse sangue para mim, para repor a mim mesma o teu sangue. E assim o fizeram.

Cada mês, quando a Lua escura crescia e desaparecia, o sangue começou a fluir por entre as pernas de algumas das de duas pernas. Dos úteros o sangue fluía: era vermelho, rico e nutritivo. O vermelho novamente fluía Nela e Ela dizia: Você está comigo e eu em você. Teu sangue é meu sangue. E meu sangue é teu sangue. Desde sempre e para sempre, nos nutrimos mutuamente. E se você quer manter sagrado o dia do teu sangramento, eu a ensinarei todos os segredos das plantas e dos animais, do céu e da terra. E a mulher manteve sagrado os dias de seus sangramentos e sabia que cresciam da forma como cresciam as plantas, tinham as formas dos animais, do céu e da terra.

E assim foi durante muitas, muitas voltas da terra em redor do Sol.

Até a mudança. Ninguém sabe como começou. Como um pequeno fogo, o primeiro momento parece inofensivo. As mulheres perceberam, mas pensaram que aquele mal não poderia chegar até eles. Violentar uma mulher não é o mesmo que violentar a própria terra? A Mãe? E quem seria tão estúpido para violentar a sua própria mãe? A fonte de alimento, o conforto e a força?

Sem impedimento, apareceram os estúpidos que, crescendo arrogantes, começaram a contar a historia de criação de um modo diferente. Começaram a acreditar que um homem deu a luz a Terra e aos seres humanos! Disseram que um homem é a fonte de todos os alimentos e sabedoria. Disseram que o homem é a imagem de Deus e que Ele era zeloso e tinha nojo de nós, que exigia a dor, o sangue e o desprezo pelos prazeres simples do corpo, da terra. Disseram que Ele vivia em cima, não dentro da terra; que vive no céu e está acima de todas as formas de vida. Disseram que os homens também estão acima de todas as formas de vida da terra.

Ah, como eram estúpidas suas histórias! Sem duvida ninguém pode acreditar em tais histórias! Certamente, todo mundo pode ver claramente que a mulher é a fonte de vida e alimento. Sem dúvida é evidente que a mulher é o sangue da vida e da terra e da geração. Que o prazer do corpo é sagrado e bom. Que a terra está viva e é nossa verdadeira Mãe, devendo ser respeitada. Somos parte Dela e dependemos dela até para respirar.

Mas, como um pequeno fogo se espalha quando o vento está soprando, a estranha história de Deus e do homem como criador cresceu e se multiplicou. O pequeno fogo do engano rapidamente se converteu numa tormenta que ameaçava toda a vida. Os homens começaram a dizer que o sangue da mulher é ruim, que as mulheres e seu sangue da Lua eram sujos e perigosos. Que a Terra era suja e perigosa. Começaram a pensar em si como apartes da Terra, como sendo melhores que a Terra, assim como sendo apartes da mulher e melhores do que elas, como seus comandantes.

As mulheres fizeram o seu melhor esforço para manter os dias sagrados de seu sangue. Fizeram o melhor para ensinar suas filhas como aprender com as plantas, os animais e a Terra. E fizeram o seu melhor para serem fiéis aos seus mistérios de Lua e de sabedoria da Grande Mãe. Mas os homens se perderam. Sem a sabedoria da mulher, sozinha e à parte, os homens se esqueceram das formas de paz. Se esqueceram que a Terra é sua mãe e que todas as mulheres são sagradas. E começaram a lutar. Num primeiro momento, lutaram somente entre si, mas logo propagaram a doença e começaram a lutar contra as mulheres. Começaram a torturar as mulheres e a matá-las. Deram à mulher a dor e ao homem o prazer. Queimaram a mulher na fogueira para impedir qualquer uma de usar as formas de cura por meio das plantas. Queimadas até a morte, para que não sobrasse um pedaço sequer de sua carne, pois elas os assustavam. O poder entre as pernas parecia incontrolável. Então, de tanto dizer, uma e outra vez, elas começaram a crer que aquilo estava certo, que ela não era sagrada e que não foi feita a imagem do Deus.

Eles disseram que as mulheres são sim seres inferiores, que os animais são inferiores e as plantas também. Logo começaram a idealizar formas de usar a mulher e os animais sem respeito a seus poderes e ao seu caráter sagrado. Começaram a crer que sua visão de mundo era a única. De um lado a outro, a mulher era maltratada, junto com plantas e animais. Eles os usaram sem os ter em consideração, omitindo os gritos de dor. Confundiram algumas mulheres de maneira tão terrível que essas começaram a crer que, na verdade, eram sujas e precisavam de castigo. Torturaram-nas com a finalidade de mostrar que sua sabedoria era uma mentira.

Mas a Grande Mãe vive em cada mulher. E em cada lugar, a cada época, a Grande Mãe se mostra a si mesma na vida de cada mulher. Coma, Ela sussurra nos sonhos da mulher. E a mulher se joga para fora da cama e se põe a caminhar descalça sob a luz da Lua. É o anseio. Ela sente uma profunda agitação em seu ventre. Ela olha para a Lua e fantasia que hoje ela lhe fala. Vocês sãos agradas. Você é o princípio e o final de toda a existência. Sou você e você está comigo. Mantenha os dias sagrados do seu sangramento e eu vou compartilhar a sabedoria das plantas dos animais e da própria Terra.

Pode acreditar que isso é certo? Atrevem-se a crer na verdade das palavras que ela parece escutar? Durante toda a sua vida, lhe disseram que não era o suficiente, nem bastante inteligente e nem suficientemente forte. Todos parecem dizer que ela é demasiadamente redonda, emocional e demasiado sensível. Que não era sagrada, que era o oposto do sagrado. Todos os dias de sua vida ela escutou as maravilhas de ser homem, criador. Ela escutou tantas vezes que a verdade é uma: Deus é um homem, todo poderoso, porque todos os homens são poderosos (e as mulheres são débeis). Deus é limpo e todos os homens estão limpos (e as mulheres são sujas). Deus é puro e todos os homens são puros (e a mulher é sujeira). Deus nunca sangra entre suas pernas (é por isso que o sangue da mulher é uma doença, uma maldição, um castigo). Como ela pode acreditar que seu sangue é sagrado? Como se pode permitir que ela sinta prazer e tenha um nome santo?Como ela pode se atrever a crer quem é uma Deusa?

Sim, a Deusa! A Deusa que está viva em cada mulher, em cada lugar, em cada momento. A Deusa que sussurra em nossos sonhos, que sorri em nossos sonhos. Que desperta o sangue de nossos ventres. A Deusa que sabe que cada mulher é sábia, poderosa e sagrada. A Deusa que nos pede: guarde o dia de seu sangue sagrado, recorde que seu sangue é o sangue da vida e da paz. Da-me de comer o seu sangue, o tempo da sua Lua de sangue. Oh minha filha, minha amante!

Volte para mim, volte para si mesma. Recorde-se de ti. Recorde-se de mim. Eu sou a Grande Mãe. Eu sou a Deusa. Eu sou a Mulher Sábia. Escuta as minhas palavras e a minha canção. Eu estou em você. Minha historia é a tua historia, a verdadeira história do nascimento, da vida e da morte. Coma de mim. Você é mulher por mim, conduzida por mim, que existo através de você. Somos as que criam. Somos as que alimentam. Somos as que abrem as portam entre os mundos.

Ah irmã, querida irmã, os laços são estreitos, a canção é apenas perceptível. Diga-me que não é tarde demais. Diga-me que me ouves e que crê em mim. Diga-me que a deusa regressou. Diga-me que está ouvindo as plantas e os animais e o seu profundo saber. Diga-me que sente revolver o sangue em teu ventre.

Diga-me que não é tarde demais. Diga-me que as irmãs estão despertando. Diga-me que o caminho da Lua está reconstruído. Diga-me que as palavras de White Búfalo Calf Woman (Mulher Búfalo Branco) não foram em vão. Diga-me que Kwan Yin do coração não está rompendo. Diga-me que Vênus é segura. E que Ártemis vaga livre na floresta, e que Lilith é bem vinda à sua mesa. Diga-me que se recorda de que o prazer é santo para mim. Diga-me que não há deleite na dor.

Diga-me que sinto chegar à tua essência profunda no tempo fora da mente. Diga-me que sente que eu despertei em você, em beleza e poder. Diga-me que vocês reclamam a sua verdade, não se omitindo com mentiras. Diga-me que recordas que é a Deusa, e que você eu somos a mesma. Diga-me que honras os teus ciclos.

Eu estou com você desde o começo, e estarei com você ate o final. Sou parte de você e você é parte de mim. Permita-me que te ame. Permita-se em honra a você. Permita-me regressar ao teu Lar.

SusAn Weed é uma bruxa verde e é uma mulher sábia. É a voz da Woman Wise Way , alta sacerdotisa Diânica e escreve sobre a saúde da mulher e sua espiritualidade.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

+ IMAGENS












MAGIA

A Magia é uma Arte antiga, na verdade tão velha quanto o Homem e (de um jeito ou de outro) vem sendo praticada até hoje...
Costuma ser definida de mil maneiras diferentes, entretanto, há um consenso, entre os estudiosos do oculto, quanto à sua "essência", pois, em geral, estes a explicam como sendo uma "força" que combinaria a "energia psíquica" com a vontade do mago para provocar as "modificações" desejadas por este.
Trocando em miúdos, o magista conseguiria levantar uma ponta do véu que ainda encobre certos segredos da Natureza e, teoricamente, poderia usá-los em seu próprio favor. Ou do próximo...
Éliphas Lévi, um velho magista do século IX, afirmava que qualquer magia é sempre absolutamente natural e, nem poderia ser de outra forma, porque a MAGIA é regida pelas mesmas leis que regem a Natureza e o próprio Homem como um todo.Neste caso, em si mesma não teria "cor" alguma, pelo simples fato de ser tão neutra como qualquer outra força existente na Natureza.
Portanto, se você ouviu falar em "magia branca" e "magia negra", trate de esquecer. Magia é magia e ponto final. Sua "cor" sempre será unicamente determinada pela vontade do operador, suas intenções e sensações.
Por isso, os pequenos altares domésticos dos praticantes da Arte, basicamente procuram representar a síntese destas forças naturais e a integração do operador com elas.

O QUE A WICCA NÃO É

Os praticantes da Wicca:


Não acreditam nem adoram o que os Cristãos conhecem como Diabo, Satã ou Demônio.
Não sacrificam animais ou seres humanos em seus ritos.
Não odeiam ou desprezam os Cristãos, a Bíblia, Jesus Cristo, os Islâmicos, o Alcorão, Maomé ou qualquer outra expressão religiosa. Ao contrário, advogam o direito à plena liberdade de expressão religiosa para todas as pessoas, independente de credo ou denominação.
Não são sexualmente anticonvencionais (embora o respeito à diversidade, inclusive a sexual, seja um valor importante para eles).
Não encorajam o abuso de drogas e orgias sexuais durante seus ritos privados ou públicos (embora possam existir indivíduos e grupos ligados à WICCA que façam uso de tais práticas, essa postura não é oficial ou ideologicamente aprovada).
Não são cristãos, islâmicos, judaicos ou praticantes de qualquer outra religião monoteísta. Além disso: Todos os praticantes de Wicca são pagãos, mas nem todos os pagãos são praticantes de Wicca. Todos os praticantes de WICCA são bruxos, mas nem todos os bruxos são praticantes de Wicca.






O DEUS





Deus tem sido reverenciado há eras. Ele não é a deidade rígida, o todo poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um simples consorte da Deusa, eles são iguais, unidos.
Vemos o Deus no sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do inverno.
O Deus é também gentil com os animais silvestres. Na forma do Deus Cornífero, Ele é por vezes representado com chifres em Sua cabeça. Em tempos antigos, acreditava-se que a caça era uma das atividades regidas pelo Deus, enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada para a Deusa.
Os domínios do Deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes e as altas montanhas. As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a Seu domínio.
O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado que balança num campo, as maças vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de outono.
Em conjunto com a Deusa, também Ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala sobre ele por palavras sussurradas. É uma parte da natureza e assim é aceito. Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo cotidiano e perpetuar nossa espécie, é considerado um ato sagrado.
Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão mágico, o tridente, facas e outros. Criaturas a Ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o gamo, o dragão, o lobo, o javali, a águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muito mais.
Desde sempre o Deus é o Pai Céu e a Deusa a Mãe Terra. O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.
O Deus de chifres, para as bruxas, é o companheiro masculino da Deusa Tripla. Ele é dinâmico, a força vital, aspecto masculino de toda a natureza. Nós o veneramos porque veneramos a vida. Ele possui chifres e cauda que denotam seu conhecimento instintivo animal, sua sapiência natural. Este Deus é parte bicho e parte homem, mescla da força vital e perícia xamânica. O Deus Cornífero, como a Deusa, é sexual, terreno, apaixonado e sábio. "Cruel e mau ele não é". Entre os dois, a Mãe Deusa e seu Companheiro, se constrói o mundo. Eles o construíram de amor e desejo. Portanto, sua sexualidade é uma força vital sagrada, verdadeira experiência espiritual. Potencialmente a mais espiritual das experiências.
Talvez este seja o fato mais surpreendente de todos à respeito da feitiçaria. Não deveria ser. Mas preciso admitir que neste mundo, como ele é atualmente, a maioria das pessoas encontra dificuldades em relacionar sexo com espiritualidade. É contra tudo que as religiões patriarcais ensinam sobre o sexo, como vergonhoso e sujo no máximo necessário para a continuidade da espécie.




A DEUSA





A Deusa é Mãe Universal.
É a fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos. Segundo a Wicca ela possui 3 aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as luas crescente, cheia e minguante. Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz abundância. Mas, uma vez que a vida é um presente Seu, ela a empresta com a promessa da morte. Esta não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência humana entre duas encarnações.
Uma vez que a Deusa é a natureza, toda a natureza, Ela é tanto a tentadora como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera, o berço e o túmulo.Porém, apesar de Ela ser feita de ambas as naturezas, a Wicca a reverencia como a doadora da fertilidade do amor e da abundância, se bem que seu lado obscuro também é reconhecido. Nós a vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano, e no primeiro verdejar da primavera. Ela é a incorporação da fertilidade e do amor.A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, Matriz Universal, a Grande Mãe e incontáveis outros títulos.Muitos símbolos são utilizados na Wicca para honrá-la como o caldeirão, a taça, o machado, flores de cinco pétalas, o espelho colares e conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... para citar uns poucos.Para governar a Terra, o Mar e a Lua, muitas e variadas são Suas criaturas. Algumas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha. Todos são sagrados à Deusa.A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça, uma deidade espiritual caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés, a eterna mãe com o peso da criança, a tecelã de nossas vidas e mortes, uma anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres. Mas independentemente de como A vemos, Ela é onipresente, imutável e eterna.